Comitê de Libertação de São Tomé e Príncipe
Este trabalho do 3º trimestre da
disciplina de História do 9º ano aborda o tema: CLSTP, o seu nascimento e a sua
transição para o MLSTP.
Com esse trabalho pretendo conhecer
melhor como nasceu a CLSTP e como se processou a sua transição para o MLSTP e
descobrir qual foi o seu contributo para o alcance da Independência,
acontecimento que se reveste de grande importância histórica para o nosso país.
Irei falar do porquê e para quê se
criou o CLSTP, da história que está por de trás do CLSTP, do que se tratou, dos
seus objectivos, conflitos, falar também um pouco dos seus representantes, do
que significa para o povo que estava debaixo do regime salazarista, da sua
queda até à transição para o MLSTP e do seu contributo para a independência.
A
relação entre o massacre de Batepá e o nascimento do CLSTP
São Tomé e Príncipe foi uma das colónias
portuguesas sobre o domínio salazarista, onde o povo santomense vivo e trabalhava
contra a sua vontade. Assim decidiram não aceitar as ordens impostas pelos
colonos recusando-se a trabalhar sob contrato de trabalho nas roças, então um
dos capachos português que representava um dos colonos na sua ausência, decidiu
ir à cidade da Trindade com uma arma na sua mão e disparou sobre um grupo de
santomenses que estavam parados a conversar, daí outro grupo de santomenses que
estavam por perto espancaram o capacho até a morte.
Este episódio acende um sentimento de
revolta no Governador Carlos Gorgulho e o mesmo decide lançar represálias sobre
os santomenses e em 03 de Fevereiro de 1953, ocorre um acontecimento marcante,
onde muitos santomenses foram espancados e torturados até a morte.
Devido a este acontecimento os
santomenses ficaram revoltados e com desejo de vingança, um desejo crescente
que clamava pela sua independência.
Desse desejo nasce o Comité de Libertação de São Tomé e Principe,
CLSTP, que se relaciona com a 1ª
fase da luta pela independência com o objectivo e denunciar o clima de terror,
opressão e injustiça existente na então colónia ultramarina de São Tomé e
Príncipe.
O CLSTP foi o primeiro movimento de
libertação de STP, fundado no Gana em 1960 pelo gupo nacionalistas Santomenses
para lutar contra o Governo Colonial Português devido o massacre e teve como Secretário
Geral Miguel Trovoada.
Mas, o CLSTP não lutou sozinho, pois
teve o apoio do presidente do Gana, Kwame Nkruma, e também de várias
organizações com as quais estabeleceu relações de amizade.
Não obstante aos problemas e
dificuldades que surgiram, Miguel Trovoada juntamente com Carlos Graça,
mobilizaram a comunidade internacional de modo a dar a maior visibilidade
internacional ao movimento, no sentido de mostrarem que havia um grupo de
Santomenses fortes e despostos a lutar pela libertação do seu país. Nasce o
MLSTP.
Transição
do CLSTP para o MLSTP
Com o passar do tempo, concretamente
no ano de 1972, foi realizado um congresso em santa Isabel (Guiné Equatorial)
com a direcção e participação de todos os países vizinhos onde decidiram
transformar o CLSTP em MLSTP – Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe,
tendo como secretário-geral Manuel Pinto da Costa.
Aqui, reconhecem como principais
objectivos:
ü
Criar um programa mínimo que visa atingir
a independência;
ü
E um programa máximo que visa atingir a
independência económica.
Este último, ainda, acho eu, por
atingir.
É com a revolta dos Cravos a 25 de
Abril de 1974, de onde decore a queda do regime Salazarista, que o MLSTP é
reconhecido como único e legítimo representante de São Tomé e Príncipe para tomar
parte das conversações que dariam origem à Independência.
A 19 de Septembro de 1974,
vestiram-se de luto e em grupo invadiram o Palácio do povo gritando pela
Independência.
A 26 de Novembro, é assinado o Acordo
de Argel entre o entre o Estado português e o MLSTP, marcando o acto da
Independência para 12 de Julho de 1975. A 22 de Agosto de 1990 assinou-se o
referendo onde se instituiu vários partidos políticos, mas mesmo assim o MLSTP
continuou a ter o prestígio que tinha antes da independência, continuando a ser
visto como o único e legitmo representante do povo por ter sido que mais luotu
a favor da independência.
A 12 de Júlho de 1975 pelas 10 horam
e 45 minutos é assinada a carta da independência, entre o Estado Português e o
MLSTP, de ode sairá um governo de transição que antecederá o governo de Manuel
Pinto da Costa que instaurá a 1ª república.
Conclusão
Com toda essa abordagem feita, pude
ver que, foi o massacre de Batepá de 03 de Fevereiro de 1953, que levou a que
nacionalistas santomeses fundassem no Gana, em 1960, o Comité de Libertação de
São Tomé e Príncipe – CLSTP.
Este Comité estaria ligado á 1ª fase
de Libertação de STP, tendo como objectivo, denunciar o clima de terror e
alertar internacionalmente para as injustiças que haviam em STP.
Este Movimento teve várias ajudas e
uma delas foi a CONCP – Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias
Portuguesas, bem como a ajuda do Presidente Kwame Nkruma. Devido a alguns
problemas internos, acabaria por mudar a sua sede para Libreville. Mais tarde,
conferência de Santa Isabel, deixaria de ser chamado de CLSTP passando a ser
designado de MLSTP.
Este trabalho foi útil, devido ao
facto de ter me instigado a ter mais conhecimento sobre a nossa história como
santomense.
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