Análise de Custo para Tomada de Decisão


Introdução

Uma nova visão de mercado é a necessidade da busca de informações ágeis e confiáveis para que se possa atingir metas e alcançar os objetivos.
Vemos a análise de custo como uma ferramenta adequada para a busca de informações e tomada de decisão, para isso precisa ser utilizada corretamente. O nível de competitividade, faz com que as empresas busquem qual a método mais adequada para atender suas necessidades.

E apresentamos os conceitos e indicadores mais significativos necessários ao processo de tomada de decisão que os sistemas de custeios podem proporcionar. Mas é importante lembrar que os custos das empresas não são estáticos, é necessário sempre avaliar o ambiente de negócio no qual a empresa esta inserida, as mudanças tecnológicas e mercadológicas. Por isso os gestores devem sempre buscar novas alternativas e conhecimentos necessários para a gestão adequada de custos.

Percebe-se que o interesse e o objetivo inicial da Contabilidade de custos fora a preocupação em relação à avaliação dos estoques, conseqüentemente do resultado contábil da empresa.
No decorrer deste estudo foram abordados o conceito de contabilidade de custos e sua importância nas tomadas de decisões, tendo com objetivos a geração de lucros satisfatórios.


Contextualização

Então tem-se que, a Contabilidade de Gestão surgiu da necessidade dos gestores em terem informações confiáveis e trabalhadas de uma forma que possibilitassem a tomada de decisões, em relação à capacidade produzida, à fixação de preços de vendas aos produtos, renovação ou reformas de equipamentos; a informação gerada e apurada a partir da gama de dados existentes, chega ao ponto de verificar a lucratividade por produtos ou linhas de produtos.

A gestão de custos, pois irá indicar quais os investimentos serão necessários para que o produto que esteja sendo fabricado possa gerar lucro satisfatório, e ajudar nas tomadas de decisões da empresa. Assim, por meio da gestão de custos é possível calcular quais investimentos serão necessários para um determinado produto, para que o mesmo possa gerar lucro para a organização.
A análise de custos para fins gerenciais é realizada através do cálculo de estimativas de custos e receitas que irão ocorrer no futuro e é utilizada como alternativa para orientar as escolhas dos gestores. Estas (decisões) definirão os cursos de ação que a empresa deverá seguir. É chamada, por alguns autores, de análise diferencial, porque as alternativas diferem umas das outras, ou análise de custos relevantes porque, além delas serem diferentes, os dados de custos utilizados em seu cálculo precisam ser fundamentais para as decisões.

Muitos empresários acreditam que a análise de custo não traz benefícios para a organização, sendo somente uma ferramenta geradora de custos desnecessários para a empresa. Por outro lado, eles se preocupam em aumentar a produtividade com o intuito de gerar crescimento nos lucros, deixando de utilizar de forma correta o planejamento e o controle de custos, desconhecendo a importância da utilização dessa ferramenta gerencial. Assim, se o empresário conhece e aplica a gestão de custos, ele pode utilizá-la como um meio de avaliar a empresa e também ter controle sobre os custos relacionados à produção.

Contabilidade de Custos é um instrumento de gestão que complementa a contabilidade orçamental e a financeira (registo e relato financeiro de operações com consequências para o exterior, incluindo a preparação e a apresentação das demonstrações financeiras) e que cujo objetivo, é fornecer um conjunto de informações necessárias, suficientes, apropriadas e atempadas, de forma a permitir a tomada de decisões, designadamente no domínio do planeamento, gestão e controlo, possibilitando ainda a correção dos desvios obtidos na execução.

  
Terminologias Contábeis Importantes

De acordo com Martins (2003, p.24), gastos são todos os desembolsos que uma empresa gera para a obtenção de produtos ou serviços. Esta obtenção é representada pela entrega de ativos, normalmente em dinheiro. Custos são todos os gastos relacionados à produção de um bem, ou gerado por uma prestação de serviço. As despesas são gastos com bens e serviços que não estão ligados com a produção, mas têm como finalidade a obtenção de lucros.

Um custo (fluxo na ótica económica) distingue-se de despesa (fluxo na ótica financeira) uma vez que esta pode não se transformar de imediato em custo (e.g., a aquisição de bens móveis, imóveis e veículos, a aquisição de materiais ou mercadorias para stocks) ou pode relacionar-se apenas com a atividade financeira (e.g., amortizações de empréstimos).


Investimentos são gastos com bens ou serviços que leva em consideração sua vida útil ou atribui benefícios a períodos futuros.

Depreciação é o desgaste ocorrido em um ativo imobilizado durante o período de uso, por ações naturais ou por acidentes. Isso gera uma desvalorização monetária do ativo imobilizado.

Os Conceitos Diferenciados De Custos

A primeira classificação que os custos são subdivididos está relacionada quanto à apuração. Tal classificação está relacionada à possibilidade de alocar cada custo a cada tipo diferente de produto. Assim os custos são subdivididos em custos diretos e indiretos. Os custos diretos são os custos que estão ligados diretamente a cada tipo de produto ou serviço da empresa.
Os custos indiretos são os aqueles que não podem ser atribuídos a um único produto ou na execução de um único serviço, ou seja, o custo indireto surge a partir do momento em que a organização começa a produzir mais de um produto ou a prestar serviços variados.

Na segunda classificação, os custos e despesas são classificados de acordo com a quantidade produzida pela organização num determinado período. Os custos fixos são aqueles onde os valores totais permanecem constantes, independentemente da quantidade produzida, pois eles não possuem nenhum vínculo com o aumento ou redução do número de unidades produzidas no mês. Custos variáveis aqueles que sofrem variações de acordo com a quantidade produzida, ou seja, quanto maior o volume de atividades em um determinado período, maior serão os mesmos. Este pode apresentar três formas distintas: constante, progressivo e regressivo. Sendo que a primeira predomina em todas as outras formas, e a maioria dos custos é constituída por ela.

Sendo assim o custo variável constante ocorre quando estes sofrem variações de acordo com o volume produzido, ou seja, se a produção aumenta os custos irão aumentar respectivamente.
O custo variável progressivo sofre um aumento relativamente maior em relação ao aumento da produção. Se diminuir o volume produzido, os custos irão sofrer diminuição, mas em proporção menores.
O custo variável regressivo representa o aumento da quantidade produzida juntamente com o aumento total de custos, só que em proporções menores. Se diminuir o volume de produtos produzidos, os custos sofrerão uma diminuição relativamente menor a cada unidade que se deixa de produzir. Custos mistos é composto por custos variáveis e custos fixos. Os custos mistos sãotambém conhecidos como semivariáveis ou semifixos, e podem variar no decorrer do período mais não proporcionalmente ao nível de ocupação do hotel.

Custos Previsionais ou Pré-Determinados

São custos considerados na Contabilidade de Custos, sendo calculados à priori para servir de base à imputação de recursos ao objeto de custo. Os custos previsionais obtêm-se com base no custo/hora de cada trabalhador / máquina ou viatura, obtido no final do ano anterior, multiplicado pelo número de horas reais de trabalho, a fim de exibir os desvios (taxa) entre os custos reais e os previstos.

Métodos de Custeios

A palavra método tem sua origem grega que se originou da união de duas palavras, meta (resultado que se deseja atingir) e hodós (caminho). Segundo Wernke (2005, p.17) “É, portanto, o caminho para chegar aos resultados pretendidos”.

O Custeio tem como significado atribuir valores de custos aos serviços, às mercadorias ou aos serviços prestados. Cada método de custeio possui características específicas, com isso cabe a empresa que for utilizar o método, fazer um estudo para saber qual dos métodos se adapta melhor às necessidades da empresa.

Assim, existem quatro tipos de custeios mais utilizados, são eles: custeio por absorção, custeio por departamentalização, custeio direto ou variável e ABC (Activity Basead Costing) ou Custeio Baseado em Atividades.

O primeiro método de custeio de acordo com Andrade et al., (2004, p.04-05) é o custeio por absorção. Ele apura todos os custos utilizados na produção de um bem ou na prestação de um serviço, independentemente se eles sejam fixos, variáveis, diretos ou indiretos. Ele é um método que calcula os custos de produção como despesas no momento da venda do produto, por isso ele é aceito pelo fisco e atende aos princípios fundamentais de contabilidade. Uma desvantagem do custeio por absorção, é que este sistema leva em consideração todos os custos aos bens, mercadorias e serviços, havendo a necessidade de ratear os custos muito distorcidos. Com isso, o gestor tem que definir como será feito o rateio.

O segundo método de custeio é a departamentalização consiste na divisão da fábrica em setores, onde os custos de produção são debitados separadamente em cada área. Os departamentos são divididos em dois grupos: de produção, que atua sobre os produtos. E de serviço, que tem como finalidade prestar serviços aos de produção. Este método é um centro de custos, onde ocorre a acumulação de todos os custos para alocá-los aos produtos. Esta separação tem como finalidade um melhor gerenciamento no controle dos custos.

O terceiro método é custeio direto ou variável. Ele surge com a alta competitividade das empresas e a necessidade de um método de custeio que auxiliasse nas tomadas de decisões. Ele considera os custos diretos como variáveis e os indiretos como fixos, onde os custos indiretos seriam considerados como despesas. Esta necessidade surgiu por que o custeio por absorção não estava atendendo às necessidades das empresas, por considerar todos os custos como diretos e indiretos independentemente se eles eram fixos ou variáveis. O método de custeio direto ou variável foi criado para auxiliar os administradores sobre certos aspectos, como preços de vendas, quantidade a ser produzida e vendida. Esse método possui grande importância na elaboração de orçamento flexível (ou variável), na criação dos gráficos do ponto de equilíbrio e na análise do lucro marginal.

Nada impede as empresas utilizem este método internamente, basta que as organizações façam um lançamento de ajustes no final do período, ajustando-os aos critérios exigidos pelo fisco.

O quarto método mais utilizado é o método de custeio baseado em atividades (ABC). Tal método busca reduzir todas as distorções referentes ao rateio dos custos indiretos, podendo ser aplicado aos custos diretos, não tendo diferenças em relação aos demais sistemas, a principal diferença esta no modo como serão tratados tais custos. Tendo como principal característica a identificação do agente gerador do custo, podendo assim atribuir-lhe os valores necessários.

A importância da utilização do custeio ABC é ser um sistema que não dá valor somente aos estoques, mas por auxiliar os gestores na tomada de decisões. Outro diferencial é o acompanhamento das atividades, podendo fazer as correções necessárias, possibilitando a implantação dos controles internos.

De acordo com Megliorini (2007, p.152): “A primeira etapa do custeio ABC é identificar as atividades executadas em cada departamento. Sugere-se identificar aquelas consideradas mais relevantes”. A segunda etapa é a atribuição dos custos de todos os recursos às atividades e em seguida aos métodos de custeios, respeitando a ordem: identificação dos recursos utilizando uma atividade específica, rastreamento por meio de direcionadores apresentando uma relação entre o recurso e a atividade e por último o rateio, que só é utilizado quando não houver condições de apropriação direta ou nem por rastreamento.

Métodos de Afetação dos Custos Indiretos

Base Única versus Base Múltipla

No método da base única considera-se a mesma base para repartir todos os custos indiretos. Por sua vez, na base múltipla dividem-se os custos indiretos por subgrupos mais homogéneos e adotam-se bases de repartição diferentes para cada subgrupo. A imputação dos custos indiretos, efetua-se após apuramento dos custos diretos por função, através de coeficientes, preconizando assim o uso da base única.

Seções Homogéneas

No método das seções homogénas existem centros de custos, geralmente determinados pela estrutura da entidade, com determinadas caraterísticas cumulativas de responsabilização, homogeneidade de funções e existência de uma unidade de medida da atividade do centro. As seções servem assim de intermediário para que lhes sejam imputados custos indiretos e, a partir delas, através de unidades de obra, sejam então imputados aos bens e serviços finais.


Custos para Tomada de Decisões

Tomada de decisão é a opção entre cursos alternativos, nesse processo a Contabilidade de Custos surge como coletora e relatora de dados relevantes para que a mesma seja tomada.
Para que o processo de tomada de decisão seja utilizado da melhor forma, com mais aproveitamento e resultado é necessário determinar metas, os objetivos a serem alcançados e depois as ações relevantes para quem tomará a decisão. O modelo de decisão, assim concebido, é visto como um processador de informações, cuja função no processo de tomada de decisão é apoiar o gestor na fase de escolha.

Conforme Bórnia (2002, p.71), os custos que auxiliam nas tomadas de decisões, são os custos classificados como variáveis, sendo que a empresa já possui uma preparação em relação aos custos fixos. São custos para tomada de decisão a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio, a margem de segurança, alavancagem operacional e o lucro.

A margem de contribuição segundo Martins (2003, p.179) é “[...] a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto [...] .É a diferença entre a receita e o custo variável que cada unidade traz para a empresa”.

No entanto, Megliorini (2007, p.179) afirma que a margem de contribuição é a diferença existente entre a receita líquida da venda e a soma dos custos variáveis com despesas variáveis. É o valor das receitas deduzindo os custos relacionados às vendas, mais os custos e despesas variáveis.
Já o ponto de equilíbrio, é uma ferramenta utilizada na contabilidade de custos, para auxiliar o gestor no gerenciamento dos custos. Identifica quando a mesma consegue igualar suas receitas com seus custos. Neste ponto a organização não está obtendo nenhum lucro, com isso os valores referentes aos custos e as receitas são iguais. O ponto de equilíbrio também é chamado de ponto de ruptura, ponto de nivelamento, ponto crítico ou ponto de quebra. No ponto de equilíbrio a empresa está produzindo somente o suficiente para cobrir seus gastos, com isso, a organização não está apresentando nem lucro e nem prejuízo, ela está produzindo o necessário para que não sofra prejuízos (DUTRA, 2003, p.336).

Análises do Ponto de Equilíbrio

Segundo os autores Pinto, Limeira, Silva e Coelho (2008, p.74), uma vez separados os custos e despesas em fixos e variáveis, os gestores estão de pose de informações úteis para a preparação de instrumentos de análise que, alem de responder a diversos questionamentos, auxiliarão no processo de tomada de decisão, no planeamento e no controle.
A análise do ponto de equilíbrio é consequência direta do comportamento dos custos diante do volume de atividades e pode ser trabalhada de três formas: ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro.
A análise do Ponto de Equilíbrio é fundamental nas decisões referente a investimentos, nos planeamentos de controle do lucro, no lançamento ou corte de produtos e para análise das alterações do Preço de venda conforme o comportamento do mercado.

Sabendo que seu ponto de equilíbrio será obtido quando a soma das margens de contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os Custos e Despesas Fixos; esse é o ponto em que contabilmente não haveria nem lucro nem prejuízo (supondo produção igual à venda) Este é o Ponto de equilíbrio Contábil (PEC). Porem em um resultado contábil nulo significa que, economicamente, a empresa está perdendo (pelo menos o juro do capital próprio investido).

Em relação ao ponto de equilíbrio contábil (PEC), o mesmo será obtido quando o total das margens de contribuição for suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas, não havendo lucro e nem prejuízo. Desta forma, uma empresa que possui um resultado contábil nulo está perdendo os juros relacionados ao capital próprio investido.

O ponto de equilíbrio pode ser calculado em valor ou em unidades (PEC unit), sendo que este define o número de unidades que deve ser produzidas ou vendidas pela organização para que ela consiga cobrir todas as suas despesas e seus custos, não tendo nem lucro e nem prejuízo. O mesmo ocorre com o ponto de equilíbrio contábil em valor (PEC valor), representando o valor mínimo que deve ser vendido pela empresa.

Quanto ao ponto de equilíbrio econômico (PEE) pode ser definido com a soma dos custos e despesas fixos, e os juros relacionados ao capital próprio investido na empresa. O ponto de equilíbrio econômico será obtido a partir do momento em que a soma das margens de contribuição for suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas e ainda gerar um lucro mínimo desejado. O ponto de equilíbrio econômico calcula a quantidade que será necessária para atingir o lucro desejado. Ele distingue dos demais pontos de equilíbrio por ser o único que utiliza a variável “lucro desejado” na fórmula.

Ainda sobre o PEF, é o nível de atividades que será necessário para liquidar todos os custos e despesas variáveis, outras dívidas que a empresa possui como empréstimos e os custos fixos, exceto as depreciações.

Em suma, a maneira mais correta de calcular o ponto de equilíbrio de uma organização que produz mais de um produto é calculando a percentagem de participação de cada produto em função da receita total. Assim, para calcular a quantidade no ponto de equilíbrio, será necessário dividir a receita individual no ponto de equilíbrio pelo preço de venda.

A margem de segurança é o espaço em que a empresa pode operar sem risco de entrar na área de prejuízo. Quanto mais baixo o ponto de equilíbrio (E), maior a margem de segurança (S), vice-versa. Assim quanto maior a margem de segurança, menor o risco de a empresa entrar a área de prejuízo, vice-versa.

Em relação alavancagem operacional, as empresas utilizam-na para calcular o impacto que as alterações ocorridas na produção podem acarretar no lucro operacional, tendo como base a produção normal da empresa.

O grau de alavancagem operacional é a relação existente entre o acréscimo proporcional de lucro e o de produção física ou de receita total. O grau de alavancagem é um ponto qualquer situado acima do ponto de equilíbrio, determinando uma relação entre o nível de alavancagem e a margem de segurança, correspondendo o nível normal de operação da empresa, tendo como limites as retas de custos e receitas totais. Ele define a composição dos custos variáveis e fixos da empresa. Quanto maior forem os custos fixos, maior será a alavancagem operacional por causa da redução do lucro operacional, se os custos forem baixos, a alavancagem sofrerá redução devido ao aumento do lucro operacional.

No entanto, alavancagem operacional tem como característica principal, o uso dos custos operacionais fixos em relação às variações sobre o lucro da empresa antes dos juros e do imposto de renda. O autor afirma que o ponto de equilíbrio operacional consiste na quantidade de vendas necessárias para pagar todos os custos operacionais. Neste ponto o lucro antes dos juros e do imposto de renda é igual à zero.
As Vantagens, como Instrumento Gerencial, da Utilização do Custo Variável.

No sistema de custeio variável, apenas os custos variáveis serão atribuídos ao produto elaborado, incluindo também as despesas variáveis, que serão subtraídas da receita, com o propósito de obter-se a margem de contribuição de cada produto. Já os custos fixos e as despesas fixas serão diminuídos da margem de contribuição total do período.

O custeio variável preocupa-se com a funcionabilidade dos custos, e comportamento dos mesmos, esse tipo de custeio prevê uma apropriação de caráter gerencial.
Para ser adotado o sistema de custeio variável é importante realizar as seguintes tarefas:
  • ü  Separar os custos, as despesas incorridas pela empresa, em custos fixos e custos variáveis;
  • ü  Verificar alocação dos custos e despesas variáveis dos produtos/ serviços;
  • ü  Cálculo da margem de contribuição das margens;
  • ü  Para se obter o lucro da empresa, será necessário ser feito a subtração, da margem da contribuição total da empresa e os custos fixos.


Como instrumento gerencial o sistema de custo variável baseia-se nas informações geradas por meio de custo variável, apresentando-se algumas vantagens como:
  • ü  Separação dos custos e despesas em fixas e variáveis, facilitando as atividades do planejamento e controle;
  • ü  O cálculo da margem de contribuição auxilia o acompanhamento da análise do desempenho dos produtos;
  • ü  Cria condições necessárias para a implantação de instrumentos como o custo padrão e análise do ponto de equilíbrio;
  • ü  O impacto dos custos e despesas fixas pode ser estudado com maior precisão; -Dá suporte as decisões gerenciais.


Portanto, entende-se que, as vantagens proporcionadas pelo sistema de custeio variável são basicamente com relação à produção de informações para a tomada de decisão, onde é extraída a margem de contribuição, é a diferença entre o preço de venda e o custo do produto.

A relação Custo, Volume e Lucro
A gestão de custos é uma ferramenta que busca oferecer as empresas informações que lhes permitam manter-se no mercado com produtos de qualidade e a um custo menor do que aqueles oferecidos pelos concorrentes.
Segundo os autores Pinto, Limeira, Silva e Coelho (2008, p.66) o estudo das relações entre receita, custos fixos e variáveis, despesas fixas e variáveis e resultado é denominado análise de custos, volume e lucro. Essa análise proporciona uma ampla visão econômica do processo de planejamento, examinado o comportamento das receitas totais, dos custos totais e do lucro a medida que ocorre uma mudança no nível de atividade, no preço de venda ou nos custos fixos.
Esse tipo de análise pode responder a perguntas que constantemente surgem nas organizações. Também é utilizada para projetar o lucro obtido em diversos níveis de produção e vendas, bem como analisar o impacto sobre o lucro das modificações no preço de venda, nos custos ou em ambos. Assim contribuindo significativamente na tomada de decisão.
Esta analise é baseada no custeio direto ou variável que, como visto anteriormente, é um método de custeio utilizado para fins decisórias que orienta o gestor em processos de formação de preços, determinação do mix de produtos, decisão de retirada ou não um produto de linha, decisão de comprar ou fabricação, alem de possibilitar a analise do comportamento dos lucros em função das variáveis de vendas. Através dessa relação, pode-se estabelecer qual a quantidade mínima que a empresa deverá produzir e vender para que não incorra em prejuízos, atingindo-se assim o ponto de equilíbrio. Sendo assim, os custos e despesas variáveis assumem papel fundamental, pois são responsáveis por afetar de forma direta a margem de contribuição do produto ou serviço.
Os custos variáveis totais oscilam de acordo com o volume de produção e vendas, ou seja, aumentam ou diminuem conforme quantidade produzida.

Diferentemente dos custos fixos totais que não variam com a redução ou aumento da produção, os custos fixos unitários diminuem à medida que aumenta o volume produzido e os custos variáveis unitários permanecem constantes, mesmo com a variação da quantidade produzida.


Processo de Tomada de Decisão vs Gestão

Sabe-se que é de extrema importância que o processo de tomada de decisão esteja em perfeita harmonia com o processo de gestão, que os resultados esperados de uma tomada de decisão estejam de acordo com os resultados planejados pela empresa ou que, no mínimo, não estejam contra estes resultados planejados.
O processo de tomada de decisões tem uma perfeita correspondência com o ciclo gerencial de planejamento, execução e controle.

Com isso as diversas etapas analíticas do processo de tomada de decisões podem ser identificadas com cada uma das fases do ciclo gerencial. Os objetivos atuante de uma empresa são inúmeros, ou pelo menos devem ser muitos, ou seja, um acréscimo nas vendas, uma redução de custos, uma posição no mercado, a obtenção de um novo cliente, etc., para que esse processo seja colocado em prática é necessária a atuação da gestão (planejamento, execução e controle).

Dessa maneira, o processo de tomada de decisão tem como objetivo antecipar e detalhar os efeitos das alternativas possíveis sobre um determinado evento, tendo ciência de que as decisões devam ser tomadas sobre determinado evento.


Decisões Gerenciais baseadas em Informações de Custos

  • ü  Manter ou substituir equipamento
  • ü  Decisões de produção

Ø  Manter;
Ø  Extinguirousubstituir o produto;
Ø  Produzir ou comprar,
Ø  Métodos de produção a empregar,
Ø  Fabricar ou não por encomendas especiais
  • ü  Decidir sobre aceitar ou não um cliente (lucratividade de clientes)
  • ü  Decidir sobre o valor do preço de venda de produtos
  • ü  Decidir sobre o preço de transferência
  • ü  Decidir sobre melhorias na qualidade de produtos
  • ü  Decidir sobre aumentar ou diminuir materiais em estoques


Conclusão

A Gestão de Custos é uma ferramenta importante, que subsidia os gestores de micro e pequenas empresas na tomada de decisões.
Cabe a cada gestor definir objetivos e identificar um conjunto de informações necessárias à tomada de decisões, que obriga necessariamente à adoção de uma multiplicidade de custos que devem ser agrupados para que possam satisfazer as necessidades da informação para a gestão.
O mercado atual é altamente competitivo, e este cenário faz com que as empresas busquem alternativas eficazes para se manter no mercado e uma delas é o controle dos custos envolvidos nas atividades da empresa.
Através das informações geradas pelos sistemas de custeios, as empresas têm informações valiosas para a tomada de decisão, e montagem de estratégias para manter-se no mercado.
Afinal, não adianta simplesmente aumentar as receitas sem o devido controle do comportamento dos custos envolvidos, ou seja, qualquer empresa terá problemas quando suas receitas aumentarem em uma proporção inferior ao aumento dos custos.

Vale ressaltar que o objetivo da contabilidade de custos é prover o usuário (tomador de decisões) de informações relevantes e necessárias ao processo de tomada de decisão. A avaliação dos estoques e apuração do resultado econômico através do controle de custos, neste ciclo apresentado, cria condições para acompanhar o desempenho empresarial e vinculando as informações de custos ou vinculando a aplicação do ciclo da contabilidade de custos aos resultados pré-estabelecidos.

As necessidades de informação do gestor condicionam a forma como os custos são geridos e controlados dentro do centro de custos, devendo atender-se à possibilidade de isolar os elementos de custo. Nos objetos de custo só devem ser considerados os custos decididos como imputáveis pelo responsável do centro (Ferreira e Silva, 2013).



Infor. Autor:

Wadiley Nacimento 
4º Ano Licenciatura em Matemática


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