Fluxos Migratórios
Migrações ou fluxos migratórios
correspondem ao deslocamento contínuo das populações, e que pode se manifestar
nas mais diversas escalas, sendo ao nível local ou global.
Infor. Autor:
De acordo o Organização
Internacional para as Migrações (OIM) considera –se migração ou fluxos
migratórios o movimento de população para o
território de um Estado ou dentro do mesmo que abrange todo movimento de
pessoas, seja qual for o tamanho, sua composição ou causas.
Nesse
sentido, é importante analisar os fatores geográficos, culturais, políticos e económicos
que motivam essa prática, que é realizada desde os primórdios da humanidade.
Em termos de motivação que geralmente condiciona ou
permite a existência crescente das migrações pelo mundo, são principalmente
dois tipos de condicionantes: os factores atractivos e
os factores repulsivo.
Os factores atractivos representam a realização do
fluxo migratório por algum elemento ou vantagem disponível no local de destino,
ao passo que os factores repulsivo envolvem os problemas apresentados nos
locais de origem, que forçam a saída do migrante.
Entre os fatores atrativos, podemos citar como
exemplo: as melhores condições de vida, condição salarial e emprego que alguns
países – sobretudo os desenvolvidos – oferecem quando em comparação com o lugar
de origem.
Já entre os fatores repulsivos, podemos citar como
exemplo: as precárias condições vida do território de onde o migrante provem,
além de crises econômicas, conflitos militarizados, ameaças aos direitos
humanos e outros problemas.
Em muitos
casos, as migrações ocorrem pela combinação dos factores atractivos e repulsivo.
Classificação dos movimentos ou
fluxos migratórios
É possível, também, classificar os movimentos
migratórios de diversas formas, levando-se em consideração os mais diferentes
critérios. Sendo assim, existem os movimentos voluntários,
motivados por razões pessoais ou até afectivas dos migrantes; os
movimentos forçados, quando o acto de migrar
não é uma escolha, mas sim, uma imposição, como em casos de escravidão ou
perseguição; e os movimentos controlados, quando
as migrações são controladas pelo poder público, seja por fatores demográficos
ou estatísticos, seja por classes sociais ou por razões ideológicas.
De acordo
com esse documento divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento) em 2009, a respeito dos fluxos migratórios pelo mundo, mais de
195 milhões de pessoas não residiam em seus países de origem, o que equivalia,
na época, a quase 4% da população mundial. Do total de migrantes existentes,
segundo o mesmo relatório, mais da metade residia em países considerados
desenvolvidos, de modo que boa parte do restante morava em países emergentes
com alto grau de industrialização, que vêm recebendo o volume cada vez maior
desses imigrantes em razão da.
A Europa
recebe, inúmeras pessoas oriundas da África e do Oriente Médio, sendo o Mar
Mediterrâneo uma das principais portas de entrada, ao mesmo tempo em que é um
dos lugares onde mais se perdem vidas de pessoas que tentam mudar de país a fim
de encontrarem melhores condições de vida.
Em muitos
casos, os migrantes ajudam a estruturar a economia dos países para onde migram,
ocupando uma grande quantidade de postos de trabalho e também realizando
serviços a um custo menor do que a mão de obra local. Além disso, muitos
imigrantes, pelo fato de serem ilegais, aceitam trabalhar em regime de quase
escravidão ou com salários muito baixos e nenhum direito trabalhista. Por outro
lado, causa bastante impacto na economia as remessas de dinheiro que essas
pessoas enviam para suas famílias em seus países de origem.
Um outro
importante ponto a ser destacado é a questão dos refugiados, aqueles migrantes
que precisam abandonar às pressas seu território de origem por motivos de
perseguição, existências de conflitos ou completa falta de condições de vida.
De acordo com a ONU, 7% dos migrantes internacionais são refugiados, com a maior
parte oriunda da África e da Ásia.
Não obstante, um dos mais graves problemas enfrentados
no âmbito das migrações internacionais é a questão da xenofobia, que é a aversão ou preconceito praticado
contra povos estrangeiros. Em alguns casos, ONGs e militantes políticos acusam
até mesmo os governos de praticarem medidas xenófobas, como a restrição
violenta a imigrantes ou a sua sumária expulsão, entre outros casos.
A imigração data desde a milhares de
anos com génese nos séculos XIX e XX. O processo de descoberta de novos
continentes e terras permitiu o homem tirar proveito de tais situações. Depois
da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e com o processo da Revolução
Industrial conjugado com a necessidade de expansão económica dos sectores como
a Agricultura e a Indústria, a mão de obra passou a ser um factor sine qua non.
O conflito e a
insegurança que nos encontramos imbuídos ultimamente, têm originado uma onda de
imigrantes sem precedentes para diversos países da Europa, concretamente:
Espanha, França, Portugal, Itália e Grécia. Grande parte com origem em países
em conflito, nomeadamente: Líbia, Síria, Nigéria, Somália, Eritreia, Bangladesh
e Marrocos e outros países.
Efeitos da Migração
São várias as causas atribuídas a
migração, com maior destaque para: políticas, económicas, religiosas, étnicas,
naturais, sócio-culturais, turísticas e bélicas.
No ponto de vista demográfico, assiste-se
a redução da população, uma vez que o país de origem não possui os requisitos
ou condições que proporcionem a permanência dos seus cidadãos e a melhoria da
qualidade de vida.
De acordo Organização
Internacional para as Migrações (OIM), “mais de 1.900 imigrantes
afogaram –se ao tentar alcançar a Europa, e perto de 1.840 morreram ao tentar
chegar a Itália”.
CONCLUSÃO
Embora a migração actualmente tenha uma
perspectiva diferente da registada aos longos dos tempos, no processo de
construção e reconstrução de muitas economias, surge a necessidade de se
repensar no modelo de migração actual.
As assimetrias, o subdesenvolvimento e
os conflitos constituem nos dias de hoje, as principais causas da migração. Os
países devem preocupar –se em gradativamente melhorarem a qualidade de vida dos
seus cidadãos, de modos a reduzir a tendência crescente da migração que
ultimamente se regista.
O fechamento das fronteiras e o
isolamento, bem como a redução das taxas para imigrantes não constituem a
solução para o problema, num mundo cada vez mais globalizado e universal.
A migração deve ser encarada num prisma
diferente, que proporcione o aumento da competitividade, competência entre os
povos e populações, contudo, uns ganham porque recebem mão de obra
especializada que de certa forma, acabam por agregar valor para as suas
economias.
Infor. Autor: